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A lição do fogo Um membro de um determinado grupo comunitário, depois de uma rusga com outro componente, sem nenhum aviso deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o líder daquele grupo decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria. O líder encontrou o homem em casa sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor. Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas-vindas ao líder, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira, serviu-lhe uma generosa xícara de chá e, sentando-se em outra cadeira, ficou quieto, esperando a ladainha que certamente viria, pronto para despejar suas mágoas. O líder acomodou-se confortavelmente na grande cadeira, mas não disse nada, ficando a saborear o delicioso chá. No silêncio sério que se formara, o líder apenas contemplava a dança das chamas em torno das achas de lenha, que ardiam. Ao cabo de alguns minutos, depois de terminar de saborear seu chá, o líder examinou as brasas que se
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A enchente Num certo dia uma chuva torrencial causou forte enchente e arrasou toda uma cidade. O nível da água subiu tanto que os moradores começaram a abandonar as suas casas, utilizando botes e canoas para isso. Um homem que dizia acreditar muito em Deus subiu ao telhado da sua casa e ficou lá, esperando que a enchente acabasse. Enquanto ele esperava, passaram uns vizinhos, numa canoa, que lhe disseram: - Venha, depressa, venha conosco, se não você vai morrer afogado! E ele respondeu: - Não, obrigado! Deus virá me salvar! Entretanto o nível da água subiu mais um pouco, alcançou a altura do telhado em que estava esse homem. Eis que passou uma outra canoa em que muitas pessoas gritavam: - Venha rápido! Você vai morrer! E ele novamente respondeu: - Não! Deus virá me salvar! A água já estava já cobrindo o telhado quando passou um helicóptero que tentava resgatar as vítimas. O helicóptero parou sobre a casa desse homem e depois lançou uma corda para o re

Conta e tempo

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Conta e Tempo Deus pede estrita conta do meu tempo E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta. Mas, como dar, sem tempo, tanta conta. Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo? Para dar minha conta feita a tempo, O tempo me foi dado, e não fiz conta; Não quis, sobrando tempo, fazer conta. Hoje, quero acertar conta, e não há tempo. Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta, Não gasteis vosso tempo em passatempo. Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta! Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo, Quando o tempo chegar, de prestar conta Chorarão, como eu, o não ter tempo..." (Autor: Frei Antônio das Chagas, Séc. XVII)
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O PROFESSOR Em um pequeno vilarejo vivia um velho professor, que de tão sábio, era sempre consultado pelas pessoas da região. Uma manhã, um rapaz que fora seu aluno, vai até a casa desse sábio homem para conversar, desabafar e aconselhar-se. - Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. Como posso melhorar? O que posso fazer para que me valorizem mais? O professor sem olhá-lo, disse: - Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar. Devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou: - Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois, talvez, possa te ajudar. - Cla... Claro professor, gaguejou o jovem, mas sentiu-se outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu antigo professor. O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno, deu ao rapaz, e disse: - Mont
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O COMPROMISSO DE CADA UM Nos Alpes italianos existia um pequeno vilarejo que se dedicava ao cultivo de uvas para a produção de vinho. Uma vez por ano, lá ocorria uma festa para comemorar o sucesso da colheita. A tradição exigia que nessa festa cada morador do vilarejo trouxesse uma garrafa de seu melhor vinho para colocar dentro de um grande barril, que ficava na praça central.  Entretanto, naquele ano, um dos moradores pensou: “ Por que deverei eu levar uma garrafa do meu mais puro vinho? Levarei uma d'água, pois no meio de tanto vinho o meu não fará falta ”. Assim pensou e assim o fez. No auge das comemorações, como era de costume, todos se reuniram na praça, cada um com sua caneca para pegar uma porção daquele vinho cuja fama se estendia além das fronteiras do país. Contudo, ao abrir a torneira do barril, um silêncio tomou conta da multidão. Daquele barril saiu apenas água! Todos ficaram admirados, se perguntando o que teria acontecido. Mas isso não foi difícil de